Áspera língua

Turbulenta incerteza de nada saber...
Não sabes que vives porque alguém te soprou essência?!
Não és apenas porque tens que ser.
Repara na tua tiritante mente...
Falas ao barato preço do esconderijo da distância
Mas apregoas a decência, a inocência da infância!

É cálida a nervura que te marca o corpo.
Faz-te adormecer na secura de um seiva que não mais irriga.
És mestre no engodo e na senda da intriga!

Vejo as pegadas caducas e do teu passo volúvel.
Vão voar com o vento.

É esta a áspera língua que não quero ouvir.

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