Não sei ser infeliz
Se me guardas no vão da escada
P'ra depois de madrugada
Me teres ali,
Perto de ti.
Assim ainda meio ensonado,
Com o verbo enferrujado
P'ra falar de ti,
Guardo-me no silêncio.
Atento.
Sem distrações, vejo-te.
Vens meiga e pura,
Envolta numa tal brandura...
Ternurentamente caminhas até mim.
Revolve-se o meu pulsar.
Apanho, sem névoa, o teu olhar.
Quente.
Atira-me um beijo! — peço impaciente.
Não me faças esperar...

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